OS DEUSES NÃO ESTÃO MORTOS ..................BY MS.ODÉDEMIM OS DEUSES NÃO ESTÃO MORTOS ..................BY MS.ODÉDEMIM

terça-feira, 10 de setembro de 2013

RELIGIÕES DO MUNDO


HINDUISMO

conheça os fundamentos do hinduismo, que possui cerca de 900 milhões de seguidores no mundo todo .

A maior concentração está no Nepal e na Índia, onde 80% da população se diz hindu.

Suas escrituras mais antigas, os textos védicos, pregam a existência de um Deus supremo, que se manifesta através de divindades chamadas Shiva, Brahma, Lakshmi e Vishnu.

Segundo esses textos, o homem vive um ciclo de nascimento, morte e reencarnação conduzido pelo Karma, onde todos os atos produzem resultados que serão sentidos nessa vida ou na reencarnação, concedidas apenas àqueles que viveram como "bons hindus".

Ao longo do ano, os praticantes da fé hinduista precisam respeitar 14 dias sagrados. A principal festa é o Diwali, que significa "Festival das Luzes".

Um de os seus ensinamentos mais importantes é um príncipio chamado Ahimsa, a "não-violência", que acabou virando o principal slogan de Ghandi no processo de independência da Índia.

 

SICKHISMO


Fundado por Guru Nanak no século XV, o sikhismo é uma religião monoteísta, baseada nos ensinamentos de Nanak e de outros 9 gurus sikhis.

Para o sikhismo, Deus é eterno e sem forma, sendo impossível captá-lo em toda a sua essência. Ele foi o criador do mundo e dos seres humanos e deve ser alvo de devoção e de amor por parte dos humanos.

O número de sikhs no mundo é estimado em cerca de 20 milhões, o que faz do sikhismo a quinta maior religião mundial em número de seguidores. A maioria deles vive no estado indiano de Panjabi



RASTAFÁRI

A religião rastafári surgiu na década de 30 na Jamaica, e tem raízes africanas, pois seu "Deus" é o rei etíope Halle Selassie I.

Os seguidores da fé acreditam que voltarão a viver na África depois que os colonizadores e escravagistas deixarem o continente.

A doutrina também prega a vida eterna através da reencarnação, abstinência ao álcool, uma dieta repleta de frutas e vegetais, o consumo de cannabis para elevar a espiritualidade e a proibição ao corte de cabelo.

Um de seus maiores divulgadores foi o cantor e compositor Bob Marley, que ganhou fama mundial nos anos 70.

O símbolo mais marcante da religião é um leão, chamado de "leão conquistador da tribo de Judah". Os seguidores não possuem um templo específico para rezar e realizam as preces nas próprias casas ou centros comunitários.

O número de seguidores está estimado em 1 milhão de pessoas, concentradas principalmente na Jamaica.



ISLAMISMO

Conheça os fundamentos da crença islã, a segunda religião mais popular do mundo, com cerca de 1 bilhão de seguidores .

O islamismo ou o islã é uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Corão, um texto considerado por seus seguidores como a palavra literal de Deus e pelos ensinamentos e exemplos normativos de Maomé, considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus.

Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano.

Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-lo.

Eles também acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas.

Os seguidores do islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão como uma versão inalterada da revelação final da Deus.


BUDISMO

Neste episódio, conheça o budismo, a quarta maior religião do mundo, ficando atrás do hinduísmo, do islamismo e do cristianismo.

Sua base são as tradições, as crenças e as práticas que vem dos ensinamentos do Buddha, chamados de Dharma.

O Budismo prega que é possível acabar com o sofrimento, atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) e escapar do que é visto como “o ciclo do sofrimento e reencarnação”.

De acordo com a fé budista, vivemos sucessivas vidas por meio de reencarnações que tornam nossa existência mais dinâmica e em constante aprimoramento. Não existe a alma eterna e imutável nem a independência do resto do universo.

O Karma, segundo o budismo, e a lei de que para cada ação existe uma força equivalente no sentido contrário. Se a pessoa praticar um ato mal, será castigada com a mesma intensidade, e se causar o bem, será recompensada na mesma medida.





terça-feira, 4 de junho de 2013

Fortuna – Deusa da Sorte Romana


Fortuna – Deusa da Sorte Romana

Fortuna é a Deusa que nutria a esperança de todo os homens. Na mitologia romana, Fortuna é a correspondência da Deusa Grega Tique, Filha de Júpiter. Há de se lembra que dentro desta cultura romana se acreditava profundamente que os Deuses decidiam o destino do homem e sendo395px-Fortuna_or_FortuneDeusa da Esperança e da Sorte, (seja ela boa ou má) poderia atrair tais bons augúrios para a sua vida diária ou futura, trazendo a felicidade ou desgraça, aos olhos de alguns. Geralmente ela é representada com uma cornucópia em sua mão, um timão, uma roda e normalmente cega ou vendada por algo.

A cornucópia simbolizava sua distribuição de bens e prosperidade aos homens, através de sua cegueira demonstrava assim distribuir de forma aleatória a boa (que trazia prosperidade e alegria tão almejadas) ou má sorte. A roda buscava decidir de forma igualitária os felizes e sofredores, mantendo a instabilidade do acaso também como a cegueira e o timão demonstram a coordenação da vida dos homens, guiando o destino dos homens ou mesmo pilotando a vida.

Seu culto foi introduzido na época republicana pelo rei Sérvio Túlio, que possuia seu Templo próximo ao Capitólio, conhecido como Templo de Fortuna Virilis. Rei Túlio dizia ter amado a própria Deusa, que entrava pela sua janela apesar de ser um mortal, existia uma estatua do velho rei, em seu templo, mostrando a profunda associação a Ela.

A Deusa Fortuna podia dentro dos ritos antigos ser invocada de diversas forma e nomes. Seu principal festival era o Fors Fortuna, que era realizado no dia 11 e 24 de junho em Roma, onde todos se reunião fazer buscar a Sorte e Fortuna desta Mãe acolhedora.

Mesmo com o advento do cristianismo a Deusa Fortuna continuou dentro do vocabulário e mente do homem dito moderno. Há de se lembrar que existe referência a Deusas ligadas a prosperidade e sorte, como demonstra a própria Bíblia em Tiago 5:1-6

Infelizmente o que vemos atualmente é uma busca desenfreada em busca de riqueza. Devemos permitir que a boa sorte se manifeste me nossas vidas, buscando nosso triplo equilíbrio em uma caminhada espiritual, mental e material. E reconhecermos que a prosperidade necessita ser distribuída como a própria Deusa Fortuna o faz. Ao observarmos o mundo em que vivemos podemos claramente perceber que tal fato não está realmente acontecendo.

Temos o dever de tornarmos-nos a própria manifestação da Deusa Fortuna. Se desejamos ser servidos com fortuna, devemos buscar uma visão mais equilibrada no hoje, no que podemos fazer agora em relação a nossa conduta.

“Quem usa mal a suas riquezas e poder, pagará bem caro!” 

sábado, 2 de março de 2013

HIERARQUIA ANGELICAL


Hierarquias angelicais


Os 72 anjos estão divididos em nove hierarquias angelicais:

Serafim, que personificam a caridade e a inteligência.
 Principe: Metatron.

Querubim, que refletem a sabedoria divina, aliada ao temperamento jovial. Principe: Raziel.

Tronos, que proclamam a grandeza divina, através da música. Principe:Tsaphkiel.

Dominações, que têm o governo geral do universo e atendem mais rapidamente quando utilizamos os instrumentos mágicos para as invocações. Principe:Tsadkiel.

Potências, que protegem as leis do mundo físico e moral, além de preservar a procriação dos animais. Principe: Camael.

Virtudes, que promovem prodígios e os milagres da cura. Principe: Raphael.

Principados, responsáveis pelos reinos, estados e países, preservam também a fauna e a flora, os cristais e as riquezas da terra. Principe: Haniel 

Arcanjos, responsáveis pelas transmissões de mensagens importantes e pela defesa dos países, pais ou da família. Principe: Mikael.

Anjos, que cuidam da segurança do indivíduo no corpo físico. Principe: Gabriel.



Serafim

é o nome dado à categoria angelical que está mais próxima de Deus. Apesar de saber que anjo não tem idade ou sexo, eu diria que os Serafins são os mais "velhos" e "responsáveis" de todos os anjos. A captação energética desta qualidade é muito elevada. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

PANTEÃO INDU - DEIDADES -


krishnaflauta

Abhaswaras é uma classe de deidades da mitologia hindu. São sessenta e quatro em número e sua natureza é pouco conhecida.

Seguindo os ensinamentos da própria Mitologia Hindu, o nome do deus Ganesha deve ser chamado antes de qualquer trabalho. Assim sendo, iniciaremos essa nova seção mitológica falando sobre esse importante deus hindu.

Ganesha – O deus que remove os obstáculosganesha

Ganesha é o mais cultuado deus hindu. Seu nome é invocado antes de qualquer trabalho ou empreendimento, pois ele é considerado o deus que remove os obstáculos (vignam), sendo também conhecido como Vigneshwara.
Ele possui uma cabeça de elefante e quatro braços. Ganesha tem uma enorme barriga e adora doces e frutas. Em torno de sua barriga, ele usa uma cobra como adorno.normalmente, ele é representado de pé, sentado ou dançando. Seu vahana é um pequeno rato (mooshikam ou minjur).

Ele também é conhecido como:
Ganapati
Gajanana (aquele com o rosto de elefante)
Pilliar
Vinayagar

Brahma – o Deus da Criaçãobrahma

Brahma representa a força que cria tudo no universo. Nesse papel, ele é ajudado por sua consorte Sarasvati, que é possuidora do sumo conhecimento. Juntos, são responsáveis por infundir alma aos seres vivos.
Segundo algumas lendas, Brahma nasceu do umbigo do deus Vishnu, quando este avistou a encantadora Lakshimi, deusa da beleza e da fortuna. Em outros contos, Brahma surgiu de um ovo de ouro, posto por Brahman (a energia espiritual suprema) nas águas primordiais que originariam toda a existência. Após o ovo ter se rachado, libertando o deus, suas duas metades tornaram-se o céu e a terra.
Alguns textos (e mesmo algumas imagens) mostram o deus como tendo cinco ou quatro cabeças (das quais saíram os Vedas, as sagradas escrituras do hinduismo). Mas há outras versões que falam apenas de três cabeças, que teriam surgido da seguinte maneira:
"Certo dia, ao avistar a bela Sarasvati, de pele alva e vastos cabelos negros, graciosamente sentada sobre uma flor de lótus, o deus apaixonou-se imediatamente. Percebendo que Brahma a observava, a deusa ficou constrangida e pôs-se a andar para a esquerda. No mesmo instante, surgiu uma nova cabeça no ombro esquerdo de Brahma, que não queria perder a bela deusa de vista. Ainda observada pelo deus, Sarasvati dirigiu-se para o lado oposto, mas novamente surgiu outra cabeça no deus – desta vez em seu ombro direito. Por fim, a deusa do conhecimento correspondeu ao amor de Brahma e tornou-se sua esposa. Desde então, o deus possui sua três cabeças, que lhe permitem conhecer tudo o que se passa no universo."
São muito raros os templos dedicados a Brahma, pois não há um culto separado para este deus (diferentemente do que ocorre com Vishnu ou Shiva). Conforme a mitologia, Brahma teria sido amaldiçoado por Shiva (por ter proferido uma mentira e ofendido seu ego) e, portanto, não seria cultuado. Ainda assim, em todos os templos dedicados a Vishnu e a Shiva há a imagem de Brahma.

Ganga – O Rio SagradoGanga

Ganga é a deusa do sagrado rio Ganges. Ela originalmente vivia nos céus, mas foi trazida à Terra por Bhageeratha, que queria enviar seus ancestrais à salvação. Eles haviam sido queimados pela fúria do sábio Kapila, sem que ninguém pudesse lhes fazer os ritos de funeral apropriados. Assim, suas almas não podiam ascender aos céus.
Bhageeratha contou com a ajuda do deus Shiva, que suportou a força do fluxo do rio enquanto este descia à terra. Desejando desequilibrar o deus, Durga utilizou toda a sua força nessa descida. Ainda assim, Shiva era mais que páreo para essa deusa, e facilmente conseguiu dominá-la, prendendo-a com suas emaranhas trancas internas. Ouvindo as súplicas de Bhageeratha, Shiva liberou um pequeno fluxo do rio para a terra. Esse minúsculo fluxo liberado é o grandioso rio Ganges, que nasce no Himalaia.
Ganga, certa vez, foi amaldiçoada a se casar com um mortal. Em decorrência da maldição, ela casou-se com Shantanu, com quem teve oito filhos. A deusa afogou todos eles, com exceção do último, que sobreviveu graças à intervenção de Shantanu. A criança sobrevivente era Bhishma, também chamado Ganga-Putra. Como Shantanu havia quebrado sua promessa de jamais contrariar a deusa, Durga deixou-o, levando consigo seu filho (que naquele tempo se chamava Devaratha). Posteriormente, ela enviou o filho de volta, após tê-lo ensinado tanto nas escrituras como no manuseio das armas.


Hanuman (Anjaneya) O deus-macacohanuman

Hanuman, o deus-macaco, é intitulado Chiranjeevi (de vida eterna). Ele é forte, valoroso e possui vários poderes e habilidades. Ao mesmo tempo, ele é sábio e um grande iogue (praticante da yoga). Possuía um único pensamento: servir a seu senhor Rama com extrema devoção e humildade.
Ele é conhecido por vários nomes: Hanuman, Anumandhayya, Aanjaneyalu, Anjaneya (por ser o filho de Anjana), Maruthi (filho de Vaayu - no Maharashtra), Anumandhan, Vaayunandhan, Kesarinandhanan, Aadhitasishyan e Siriya Thiruvadi (por ter sido o servo de Rama).
Ele é adorado nos templos como Bhaktha Hanuman ou Veera Hanuman. Como Bhaktha Hanuman, ele é visto com as duas mãos juntas, postas em oração. Como Veera Hanuman, aparece com seu cetro em uma mão e o sanjeevi Parvatham na outra.
Sua vida:
Hanuman, ou Anjaneya, é o filho da devta Anjana, que, há tempos, fora uma dama celestial, que nascera como uma mulher-macaca em decorrência de uma maldição.
Anjana vivia alegremente com seu esposo Kesari. Quando o rei Dasaratha executou um ritual pedindo por mais descendentes, encontrou uma jarra de payasam (espécie de pudim) entre as chamas da fogueira que acendera. Suas esposas dividiram entre si a iguaria, e assim deram à luz a Rama, Lakshmana, Bharatha e Shatrugana. Uma porção da iguaria também foi levada pelo deus dos ventos, Vaayu (ou Vayu), e acabou nas mãos de Anjana, que teve um filho forte e adorável. Sendo Vaayu o responsável pela chegada do payasam às mãos de Anjana, ele também é considerado o pai de Hanuman.
Hanuman cresceu como um rapaz valente e travesso. Ele podia correr tão rápido como o vento. Confundindo o Sol com uma fruta, voou pelos céus para alcançá-lo (tamanha era a sua força de vontade, mesmo quando criança). Indra, transtornado por tal comportamento, acertou Hanuman com seu raio (Vajraayudham). Vaayu chateou-se porque seu filho fora atacado e parou os ventos. O mundo inteiro passou a viver um caos. Todos os deuses ofereceram várias dádivas poderosas a Hanuman, tornando-o mais poderoso e invencível que anteriormente. Vaayu Bhagavan contentou-se, e tornou a seu trabalho, liberando os ventos.
Hanuman estava causando problemas para os rishis e para as demais pessoas, sem se dar conta de quão grande era agora o seu poder. Os rishis furiosos, então, o amaldiçoaram: ele não mais se recordaria dos próprios poderes até que alguém o lembrasse destes. Isso o fez aquietar-se, e ele começou então a estudar com os rishis. Ele quis aprender com Surya, que viaja eternamente. O poderoso Hanuman viajou velozmente com Surya, aprendendo com ele todas as escrituras. Concordou, posteriormente, em servir ao filho de Surya, Sukriva. Depois, acabou tornando-se um confiável e valoroso ministro de Sugreeva, um rei macaco.
Hanuman teve um papel muito importante no grande épico Ramayana. Quando Rama foi banido de seu reino (Ayodhya) por sua mãe Kaikeyi, teve de partir para a floresta, acompanhado pela esposa Sita e pelo irmão Lakshmana. Sugreeva, com seu exército e Hanuman, escondia-se de seu irmão Vaali naquela mesma floresta. Lá Hanuman encontrou Rama, a quem desde então jamais deixou. Quando Sita foi raptada por Ravana, um rei-demônio, Hanuman voou por todo o mundo até encontrá-la. Ele tornou-se o mensageiro da paz na corte de Ravana. Ajudou Rama a atravessar o oceano, construindo uma ponte. Durante uma guerra, voou para buscar a montanha Sanjeevi, repleta de ervas medicinais, para reviver Lakshmana, que havia caído em batalha. Quando o vitorioso Rama retornou a Ayodhya e foi coroado rei, Hanuman continuou a servi-lo.
Hanuman aparece também no épico Mahabaratha, aliando-se aos Pândavas na guerra contra os Káuravas. Ele estabilizou e protegeu a carruagem de Arjuna, estando presente no estandarte preso ao veículo. Ele foi, assim, honrado por presenciar a grandiosa vitória do pupilo de Krishna na guerra dos Bharathas.

Indra – O rei dos céus

Indra é o rei dos Devtas, o deus do trovão, filho de Aditi com o sábio Kashyapa. Sua grande cidade nos céus chama-se Amaravathi. Ele possui um elefante chamado Iyravata e uma vaca sagrada de nome Kamadhenu. Essa vaca é capaz de realizar qualquer desejo; portanto, Indra é muito rico. Indra também possui uma árvore chamada Kalpatharu, que rende riquezas.
Sua rainha e consorte é Sachi. Os Asuras são seus inimigos mortais, e a guerra entre asuras e devtas jamais teve fim e, por vezes, os Asuras conseguiram subjugar os Devtas, como se descreve no próprio Rig Veda.
Seu feito mais importante foi a derrota do asura Vritra, que era um dragão (ahi). Vritra encerrava, em seu interior, todos os elementos vitais do universo e, para libertá-los, Indra enfrentou e derrotou o demônio. Em suas batalhas contra Vritra e outros demônios, como Namuci, Indra freqüentemente contou com o apoio de Vishnu.
Indra é a principal deidade do Rig Veda. A maioria dos hinos nesse primordial livro do hinduísmo dirige-se a ele. Indra é capaz de conceder algumas pequenas dádivas a seus devotos. Ele não é diretamente adorado, mas é freqüentemente invocado em sacrifícios.
Diz-se que Indra não é propriamente um indivíduo, mas o nome genérico para o rei dos céus. Ao executar certos sacrifícios e penitências, um mortal pode ascender ao paraíso e tornar-se o rei dos céus. Seu reino deve durar até que outra pessoa torne-se elegível para sua posição. Diz-se que, ao executar mil sacrifícios de Ashwamedha, uma pessoa torna-se elegível para ser Indra. Assim sendo, o Indra em exercício sempre teme por sua posição e permanece atento aos mortais que realizam sacrifícios e penitências, cuidando para que eles não cumpram as condições para destroná-lo.
No Rig Veda, Indra é descrito como o deus mais poderoso. De todo modo, em textos posteriores, sua importância foi consideravelmente diminuída. Ele já não é o todo-poderoso, tendo de sujeitar-se à trindade suprema de Brahma, Vishnu e Shiva. Ele é descrito como enganoso e de fraca determinação em muitas histórias. Em decorrência de seus atos, ele é freqüentemente amaldiçoado por sábios ascetas.

Kama, o deus do amor

Kama é o deus do amor e da luxúria. É também chamado Manamatha, e é o mais belo entre homens e deuses. Ele usa um arco de cana-de-açúcar, com o qual lança flechas de flor nos humanos, para fazê-los apaixonarem-se. Ele é casado com Rati, uma das filhas de Daksha.
Há certa confusão para definir sua origem. O Vishnu Purana (um dos Puranas – importantes obras hindus) o traz como filho de Dharma (Yama) e Shradha (uma filha de Daksha). De todo modo, uma versão mais popular, baseada no Shiva Purana, apresenta Kama como filho de Brahma.
Certa vez, quando Shiva se entristecera pela morte de sua esposa Sati e decidira abandonar o mundo, os Devtas temeram pelo destino do universo. Eles sabiam que, caso Shiva não se alegrasse novamente, o mundo estaria condenado ao fim. Eles queriam que o deus se apaixonasse novamente e tivesse filhos. Assim, eles encarregaram Kama dessa tarefa, pois tal era seu ofício.
Kama foi para a desolada floresta onde Shiva meditava profundamente. Ele foi acompanhado pela primavera, e logo toda a floresta transformou-se em um belo jardim. Uma indescritível e inebriante fragrância tomou conta do ar. Para que Shiva finalmente se apaixonasse, era necessário que ele encontrasse uma mulher digna e satisfatória. Felizmente, Uma, filha de Himavan (o rei das montanhas), era uma encarnação de Parvati e já estava prometida para Shiva; portanto, ela era a esposa certa para o deus. Mas, mesmo que ela tudo fizesse pelo deus, este não lhe dava muita atenção, tamanha a sua tristeza pela morte de sua amada Sati.
Esse era o momento certo. Kama ajustou uma de suas melhores flechas-de-flor em seu arco de cana-de-açúcar e disparou a seta rumo ao coração de Shiva. No momento em que o alvo foi atingido, Shiva abriu seus olhos e imediatamente apaixonou-se por Uma. Porém, logo o deus enfureceu-se, ao perceber o ardil de Kama para interferir em seus planos. Assim, Shiva abriu seu terceiro olho, a semente da destruição, e fixou seu olhar furioso em Kama.
Tamanha era a força do olhar de Shiva que Kama foi imediatamente reduzido a cinzas. Ao ver seu marido morto, Rati caiu aos pés de Shiva, implorando por sua misericórdia. Por fim, comovido pelos argumentos da desesperada esposa, Shiva cedeu e trouxe Kama de volta à vida. Porém, havia uma condição: Kama não mais teria forma, e apenas Rati poderia vê-lo em sua real beleza; o deus seria invisível para todos os demais. Essa história pode ser vista no Matsya Purana.

Shiva – Deus da DestruiçãoShiva

Shiva é o deus da destruição, aquele que, juntamente com Brahma (o criador) e Vishnu (o preservador), faz completar-se o ciclo da exitência. Em seu divino papel, é ajudado por sua consorte, Parvati, a deusa da desintegração.
Shiva é normalmente adorado na forma do falo (Linga) fixo em um pedestal. O Linga representa a energia primordial do criador. O Linga, adorado como símbolo do deus Shiva em diversos templos, é geralmente feito de pedra, consistindo em três partes. A porção inferior, com a forma de um quadrado, representa Brahma. A parte central, com a forma de um octógono, simboliza Vishnu. Estas duas partes são embutidas em um pedestal. A terceira parte, um cilindro que se projeta acima do pedestal, representa o deus Shiva.
Shiva reside em altas cadeias de montanhas nevadas. As representações de sua forma física costumam mostrar o deus calmamente meditando. Seus ornamentos não são os usuais enfeites de pedra ou ouro. Ele usa um colar feito de crânios, representando seu papel como destruidor. Possui cobras enroladas em seu corpo e seus cabelos se estendem por todo o céu. A lua crescente adorna sua coroa, simbolizando seu controle sobre o ciclo do tempo. Ele cobre seu corpo com cinzas e usa peles de tigre e de elefante. Possui também um terceiro olho, fonte de conhecimento e sabedoria.
Assim, a referência a Vishnu meramente como destruidor de toda a existência não é precisa. O deus representa o poder que, no devido momento, guiará a todos no retorno à origem de toda a existência; ele é a força que, ao destruir tudo que existe, permite a continuidade, a perpetuação do ciclo existencial.

Outros nomes e manifestações de Shiva:
Nataraja
Dakshinamurthi
Lingodhbava
Haryardhamurthi
Ardhanareeswara
Bhikshatana

Surya – O Solsurya

Surya é o sol. Tal como Chandra, ele é tanto Devta como Navagraha (um dos nove astros/planetas de grande importância nos rituais hindus). De acordo com o PurushaSuktam (do Rig Veda), ele surgiu dos olhos de Purusha, o homem primordial, quando este foi sacrificado. Surya tem duas esposas, Sangya (filha de Vishwakarma) e Chaaya. Ele tem muitos filhos, sendo o mais conhecido Shani (saturno), que é também um dos Navagrahas. Algumas fontes também trazem Kama como filho de Surya.
Dentre os planetas, seus inimigos são Rahu e Ketu. Tal inimizade decorre do incidente da busca pelo Amirtham (néctar da imortalidade), que também envolveu um dos avatares de Vishnu, Kurma.
Suas virtudes são exaltadas no hino de Aditya Hridayam. Nesse hino, ele é adorado como senhor do universo, origem de todas as bênçãos.
Do Aditya Hridayam:
Em verdade, ele é o mesmo que Brahma, Vishnu, Shiva, Skanda ou Prajapati.
O mesmo que Indra, Kubera, Kala, Yama, Soma e Varuna.
Ele é Pitris, Vasus, Sadyhas, Ashwins, Maruts e Manu.
Ele é o vento, o fogo e a respiração, o criador das estações e a fonte da luz.


Vishnu – Deus da Preservaçãovishnu

Vishnu é o deus da proteção e da manutenção de toda a vida. Sua esposa, Lakshimi, representa a riqueza (não só material, mas de alimentos, de coragem, de espírito, de felicidade e de descendentes), que tem grande importância à preservação da vida. Vishnu e Lakshimi, portanto, preservam as almas introduzidas por Brahma no ciclo da vida.
É descrito como um belíssimo deus, de pele azul como o infinito. É geralmente representado com quatro braços, e nas mãos leva uma concha, um disco (o chackra), um cetro e a flor de lótus. Sua montaria é o pássaro solar Garuda, filho de uma divindade primordial, Kasiapa.


vishnu2Segundo algumas lendas, foi Vishnu o criador do deus Brahma (que teria nascido de seu umbigo) e do deus Shiva (surgido de sua testa). Como Vishnu-Narayana, ele teria trazido o universo à vida, através de sua própria energia, chupando o dedão do pé como um bebê, enquanto flutuava nas águas primordiais sobre uma folhe de bananeira.
Vishnu é também chamado Nilameghashyamalan – possuidor da aparência das nuvens negras. Como prova de que os opostos se atraem, apesar dessa aparência, Vishnu é visto como aquele que traz a luz e a serenidade ao mundo. Sempre que a existência está ameaçada, Vishnu restabelece o equilíbrio universal. Para tanto, ele encarna sob uma forma terrena, um avatar (ava = manifestação, tara = lei), combatendo os maus espíritos e mostrando ao homem o caminho da salvação. Por nove vezes ele já desceu ao mundo como um avatar, e agora é aguardado em sua décima e última encarnação terrena, que virá anunciando o fim dos tempos.



Yama – O deus da Morte


Talvez, à exceção de Indra, nenhum outro personagem védico tenha sofrido tantas transformações no tempo dos Puranas. No Rig Veda, Yama é o filho de Saranyu (filha de Tvashta, o deus-artesão) e Vivasvant (associado com o sol).
Em trechos diferentes do Rig Veda, Yama é o homem primordial. Sua irmã gêmea, Yami, o chama de "o único mortal" em um diálogo do Rig Veda, em que o incita a cometer incesto com ela. Em sua integridade, Yama rejeita os pecaminosos avanços da irmã. Ele afirma: "Os deuses estão sempre vigiando nossas ações e devem punir os pecadores".
Yama voluntariamente escolhe a morte, partindo para o outro mundo. Ele encontrou o caminho para a terra de seus antepassados; a Morte é seu reino. Mas tal escolha causou imensa aflição a Yami, que ficou inconsolável. Quando os deuses tentaram fazê-la para de chorar, ela respondeu: "Como posso eu não lamentar, se hoje é o dia da morte de meu irmão?!" – e, para curar seu sofrimento, os deuses criaram a noite. Desde então, a noite segue o dia, e o ciclo do tempo teve início.
A coruja e o pombo são mencionados como os mensageiros de Yama. Os cães farejadores de quatro olhos, filhos de Sarama (a cadela celestial) são seus emissários usuais. Eles vigiam o caminho ao longo do qual o homem morto caminha para encontrar seus antepassados.
Em algumas fontes, Yama é apresentado como filho de Surya e Sangya (que é filha de Vishwakarma), e irmão do planeta Shani (saturno). Ele é um dos oito guardiões das direções, responsável pelo sul. Ele é o senhor da morte, e todos os mortais vão para seu tribunal para serem julgados. Seu escriturário, Chitragupta, guarda um registro de todos os feitos de cada homem. Yama pode condenar a alma tanto ao céu como ao inferno, baseando-se no equilíbrio do Karma. Em seu papel como juiz, Yama é também chamado de Dharmaraja, o deus da justiça. Seu conhecimento das escrituras é imenso e ele é o último árbitro da verdade e da falsidade.
Yama vive em Yamapuri e é um fiel devoto de Vishnu. Seus servos são os chamados Kinkaras, que se encarregam de trazer as almas dos mortais para o julgamento. Sua montaria (vahana) é um búfalo, negro como o próprio deus. Yama carrega em sua mão um laço, o Yama Paasa, com o qual ele retira as almas de suas prisões mortais.
Há muitas histórias populares envolvendo Yama. O Katha Upanishad conta a história de como Nachiketa, um jovem adorador de Brahma, foi até sua morada perguntar sobre os segredos da morte e da alma.
No Mahabharata, Yama é o pai de Yudhishtira, o Pândava primogênito. Vidura (que também está presente no épico da grande guerra dos Bharathas), ministro-chefe de Dhritarashtra, possui alguns aspectos de Yama, compartilhando sua sabedoria e seu discernimento.


Como o próprio universo, dividido em céu e terra, Agni tem duas origens, e apenas a ele se aplica o epíteto dvi-janman (que possui dois nascimentos). Mais do que qualquer outro deus, Agni é associado com os humanos. Ele é chamado "Senhor da casa", e é aceso em toda habitação. Ele é o imortal que dorme entre mortais. Ele é, às vezes, chamado de pai, irmão ou filho de seus adoradores.
Sua sabedoria é lendária e ele sabe todos os detalhes dos ritos de sacrifício, e tal como Indra é o senhor dos guerreiros, ele é o senhor dos sacerdotes. Agni é um grande benfeitor de seus adoradores, e é também a testemunha dos juramentos, especialmente dos votos de matrimônio (é dito que o casamento hindu acontece com "Agni como testemunha").

Sarasvatisarasvati

Sarasvati é a consorte de Brahma (o deus da Criação) e a deusa da sabedoria e do aprendizado. Ela é considerada a personificação de todo o conhecimento – artes, ciências e todos os demais ofícios e habilidades.
Ela é vista como a elegante representação da pureza e da sabedoria. É representada como uma bela mulher, de vastos cabelos negros, sobre uma flor de lótus, geralmente acompanhada por um pavão e por seu vahana, um cisne (que, por saber distinguir o leite da água, representa a sabedoria da deusa em separar o bem do mal). Possui quatro braços; em uma das mãos, carrega um livro, em outra, um rosário. Com as outras duas mãos, ela toca a veena (instrumento de cordas).
Tal como Brahma, ela não é adorada em muitos templos. De todo modo, ao menos uma vez no ano, os professores, estudantes, artesãos e outros trabalhadores fazem uma celebração em sua honra, oferecendo suas preces por mais um ano de bons trabalhos.



Lakshmilakshmi

Lakshmi (ou Lakshimi) é a deusa da riqueza e prosperidade, consorte de Vishnu (o Preservador). É associada com Sri, uma deidade pré-védica da fertilidade.
Lakshmi é a fonte de riqueza (não só material), fortuna, prosperidade, amor e beleza. Nas encarnações (avatares) de Vishnu, ela também tomou várias formas para acompanhá-lo, como Sita (esposa de Rama) e Rukmini (esposa de Krishna).
Ela é possuidora de grande beleza e é representada tanto em pé como sentada, mas sempre sobre uma flor de lótus. É geralmente acompanhada por dois (às vezes quatro) elefantes, que aparecem entregando-lhe adornos ou borrifando água sobre a deusa. Possui quatro braços e, com os dois superiores, carrega flores de lótus. Nos outros dois braços (em algumas representações) leva o amirtha kalasam (pote com ambrosia) e um jarro que transborda com ouro e outras preciosidades.
Ashta Lakshims são as oito diferentes representações em que a deusa é comumente adorada. Em cada representação, ela dá uma forma de riqueza diferente a seus devotos.
Ashta Lakshms:
São chamadas Aadi Lakshmi, Santhana Lakshmi, Gaja Lakshmi, Dhana Lakshmi, Dhaanya Lakshmi, Vijaya Lakshmi, Veera Lakshmi e Aiswarya Lakshmi.
Templos exclusivos para Lakshmi não são muito comuns. Porém, em todos os templos Vaishnavite (dedicados a Vishnu), há um santuário separado para a deusa.
São inúmeros os rituais e festivais realizados para invocar as bênçãos de Lakshmi. Em alguns deles, durante Navarathiri (nove noites), são oferecidas orações especiais a Sakthi, Lakshmi e Sarasvati – três noites para cada deusa.
Simbolismo
* Quatro braços: Os quatro braços de Lakshmi representam as quatro direções e a sua disponibilidade em guiar e ajudar em todos os lugares. Eles também representam os benefícios que ela dá – as quatro nobres metas de uma vida humana: dharma, artha, kama e moksha (respectivamente: cumprir com as obrigações, ganhar riqueza, realizar os desejos materiais e alcançar a salvação do espírito).
* Lótus: O lótus tem uma qualidade especial. Embora planta e flor vivam na água, o líquido não se aproxima delas. Krishna, no Bhagavad Gita, diz: "viva a vida como o lótus que não é tocado pela água mesmo nela vivendo". Lakshmi é a deusa mais associada com o lótus no sentido de que, enquanto aproveitamos a riqueza e a prosperidade que ela nos dá, devemos também evitar o apego aos bens materiais.
Amirta kalasam: representa o poder da deusa Lakshmi em conceder a imortalidade.

Outros nomes da deusa:
Haripriya
Padma – que vive sobre o lótus
Lokamata – mãe de todos no mundo
Padmasini, Kamalakshi, Ambujam

Parvatiparvati

Parvati é a mãe divina (Sakthi), consorte do deus Shiva. Em seu aspecto sereno, ela é também conhecida como a deusa Uma, sendo usualmente representada junto a Shiva e a seus filhos, Ganesha e Murugan. Possui apenas duas mãos, sendo que na destra (em algumas representações) segura um lótus azul.
Em seus aspectos tempestuosos, é comumente adorada sob os nomes de Durga e Kali. Essas formas são tomadas pela deusa quando é preciso destruir alguma forma do mal e, portanto, sequer precisam invocar o medo, pois ela é apenas a mãe zelosa que combate o mal e preserva a eterna paz e felicidade de seus filhos.
Como Durga, ela representa o poder supremo que preserva a ordem moral e a probidade na criação. Durga, também chamada Mãe Divina, protege a humanidade da dor e da miséria, destruindo as forças do mal como o egoísmo, o ciúme, o preconceito, ódio e a raiva. Seus dezoito braços significam que ela possui o poder combinado das nove encarnações do deus Vishnu na Terra. As diferentes armas em suas mãos (tal como a maça, a espada, o disco, a flecha e o tridente) trazem a idéia de que uma só arma não é capaz de derrotar todos os inimigos. Durga possui também um terceiro olho (em sua testa), veste-se com um belo sári vermelho e, às vezes, é vista sobre uma flor de lótus ou uma cabeça de búfalo.
Como Kali (a deusa do Tempo*), ela apresenta seu mais temível aspecto, geralmente retratada em um enterro ou em um campo de guerra. Em algumas imagens, ela aparece de pé sobre um cadáver, usando uma guirlanda de crânios e com seus cabelos soltos e desordenados.
*De fato, kali significa "preto", e kala (uma palavra diferente) significa "tempo". Possivelmente, foi deste trocadilho kali-kala que veio a idéia de Kali (verdadeiramente, a negra deusa da cremação), como também deusa do tempo.

Parvati é também adorada com os seguintes nomes:
Maheswari
Kaumari
Varahi
Vaishnavi
Chamundi
Durga
Kali
Bhuvaneswari
Mathangi
Lalitha
Annapurani
Rajarajeswari.

Fonte: Templo do Conhecimento

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Amon-Rá (Deus Sol)


Amon-Rá











O primeiro dos deuses, criado a partir do Caos Inicial, emergiu da escuridão numa flor de lótus. Também conhecido como Amon-Rá, o Deus Sol. Ré (ou Rá) é a principal divindade da mitologia egípcia. É o Deus do Sol.

Criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.


O seu principal centro de culto era a cidade de Iunu, no Norte do País (depois chamada Iunu-Ré, em sua honra), à qual os Gregos deram mais tarde ainda o nome de Heliópolis ("cidade do sol"), e que a Bíblia chama de On.

Como uma das culturas agrícolas mais antigas e mais bem sucedidas da Terra, os antigos egípcios deram ao seu deus sol, Ré, a supremacia, reconhecendo a importância da luz do sol na produção de alimentos.

Ao amanhecer, Ré era visto como uma criança recém-nascida saindo do céu ou de uma vaca celeste, recebendo o nome de Khepri. Por volta do meio-dia Ré era contemplado como um pássaro voando ou barco navegando. No pôr-do-sol, Ré era visto como um homem velho descendo para a terra dos mortos, sendo conhecido como Atum. Durante a noite, Ré, como um barco, navegava na direção leste através do mundo inferior em sua preparação para a ascensão do dia seguinte. Em sua jornada ele tinha que lutar ou escapar de Apep, a grande serpente do mundo inferior que tentava devorá-lo. Parte da veneração a Ré envolvia a criação de magias para auxiliá-lo ou protegê-lo em sua luta noturna com Apep, ajudando-o a garantir a volta do Sol.

Devido à sua popularidade, o deus seria associado a outros deuses, como Hórus, Sobek (Sobek-Ré), Amon (Amon-Ré) e Khnum (Khnum-Ré).

Tinha como esposa a deusa Ret (cujo nome é a versão feminina do nome Ré) ou Rettaui ("Ret das Duas Terras", ou seja, do Alto Egipto e do Baixo Egipto). Em outras versões surgem como suas esposas as deusas Iusaas e Ueret-Hekau. Os deuses Hathor, Osíris, Ísis, Set, Hórus e Maet eram por vezes apresentados como filhos de Ré.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Onde nasceu Jesus?

Onde nasceu Jesus?
Jesus não teria nascido numa gruta, rodeado pelo boi e o burro, mas sim no deserto, embaixo de uma palmeira. E Maria estaria completamente só na hora do parto. Além disso, o nascimento teria sido em março ou abril, e não em dezembro. Este artigo estuda as mais diferentes versões a respeito do nascimento de Cristo. Analisa ainda as influências mitológicas nos Evangelhos. Aqui estão ainda o mito e a realidade, o sentido cósmico e o espiritual do Natal.

O Natal é uma festa cristã que envolve problemas históricos insolúveis. Sabe-se hoje, com certeza absoluta, graças à pesquisa, que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, nem no ano indicado como o início da era cristã. Não obstante, a tradição religiosa consagrou a data escolhida para a celebração natalina. Por outro lado, há um fundamento mitológico para essa escolha, que de certa maneira supre a falta dos elementos históricos.

A Mitologia é a mãe da História. Antes que os homens inventassem a medida do tempo e começassem a contar a passagem das luas e dos sóis, o passado se perdia no mundo das lendas. Jesus nasceu na fase de transição entre a Mitologia e a História. E foi a partir do seu nascimento que a História se definiu.

Mas a Mitologia manteve os seus direitos sobre o seu nascimento, conservando-o nas névoas do mito.

As investigações históricas provaram, posteriormente, a existência real do homem Jesus. Mas o Menino Jesus foi retido nos domínios do mito, como uma espécie de refém divino envolto em poesia.

Renan, que é o pai de toda a investigação moderna sobre Jesus e o cristianismo, começa sua Vida de Jesus contestando o lugar de seu nascimento. Afirma sem rebuços: "Jesus nasceu em Nazaré, pequena cidade da Galiléia, que antes desse nascimento não tinha nenhuma celebridade". E demonstra com dados históricos que o recenseamento de Quirino, citado nos Evangelhos de Lucas e Mateus, foi pelo menos dez anos posterior ao nascimento de Jesus. Belém era a cidade de Davi e Jesus devia nascer ali, segundo as profecias. Renan comenta: "Para fazê-lo nascer em Belém foi necessário recorrer a uma manobra bastante embaraçosa".
Charles Guignebert, professor de História do Cristianismo, na Sorbonne, e o mais penetrante investigador dos últimos tempos, reafirma em nossos dias a tese de Renan, comentando: "Na realidade, supõe-se primeiro, e depois se obtém a certeza de que o redator pôs todo o empenho em encontrar um meio de fazer José e Maria irem a Belém, porque desejava que Jesus nascesse ali". Mas Guignebert justifica essa manobra, levando em consideração as condições culturais da época e a mentalidade mitológica dominante.



O mito solar

A Mitologia nasce das águas da cultura primitiva, do folclore, como Afrodite nasceu das águas do mar. As lendas e as crenças dos povos selvagens se aprimoram e se racionalizam na estruturação mitológica da realidade. É a garra da razão apropriando-se do real. O que podemos chamar mentalidade mitológica difere tanto do nosso racionalismo quanto este difere do intuicionismo que já desponta em nossa era.

Na mentalidade mitológica a imagem do mundo é feita de símbolos anímicos. A alma do homem se transfere às coisas e lhes dá uma vida factícia que se transforma em ilusão vivente. Por isso, quando Mateus e Marcos localizam erroneamente o censo de Quirino em seus Evangelhos, não o fazem com segunda intenção, mas obedecendo às regras do raciocínio mítico. O rigor cronológico não existe nesse raciocínio, que segue naturalmente as leis da fisiologia do mito, segundo a teoria de Huntersteiner. Nascido na era mitológica, o cristianismo tinha por destino romper a casca do ovo e implantar a era da razão. Mas teve primeiro de se enlear nas membranas do mito. A carga mitológica da Bíblia, das velhas escrituras judaicas, quase sufocou o Novo Testamento. Por isso os mitólogos insistem, até hoje, em considerar o cristianismo como simples episódio mítico derivado diretamente do mito solar. Só a investigação histórica conseguiu, a duras penas, refutar a nova mitologia dos mitólogos modernos.

A concepção mitológica do Natal é um primor de imaginação. Na Europa e na Ásia o inverno rigoroso parece extinguir a vida. Os campos morrem sob a neve. Mas nos últimos dias a constelação da Virgem começa a aparecer no céu. De repente, ela dá nascimento ao Sol, que faz ressuscitar a vida e traz em seus raios a promessa da volta das colheitas. É o messias que nasce da virgem para salvar o mundo.

Jesus nasceu no Oriente porque é lá que nasce o Sol. Sua mãe era virgem antes do parto e continuou depois do parto, porque a Virgem celeste não se altera com o nascimento do Sol. Assim como o Sol nasce cercado pela esperança dos pastores e dos animais, assim nasceu Jesus. Mais tarde o Cristo sairá a semear para que as plantações renasçam. E da mesma maneira que o Sol é cercado pelos 12 signos do zodíaco, ele andará acompanhado pelos 12 apóstolos. E a sua morte, como a de Osiris, o deus egípcio, será o sangrento desaparecer do Sol, crucificado e coroado de espinhos, no último crepúsculo do outono.

Em 1794 já Dupuis lançava na França o seu livro Origines de tous les Cultes, em que apresentava Jesus como um mito solar. Mais tarde a sente germinou com intensidade na França e na Alemanha. Quando em 1924 Couchoud publicou em Paris “Le Mystère de Jesus”, restabelecendo o mito, procurou entretanto evitar os exageros de Dupuis, que haviam provocado de Perez uma réplica espirituosa, na qual demonstrava que Napoleão, com seus 12 generais, podia também ser interpretado como mito solar.
Na Alemanha, Arthur Drews, professor de filosofia em Carlsrhue, provocou com o seu livro “O Mito de Jesus”, lançado em 1911, um tumulto cultural, que se reavivou em 1924, com a nova edição aumentada e atualizada do livro. Guignebert e os historicistas em geral consideram essa interpretação mitológica como bastante engenhosa. Não obstante, reconhecem a influência mitológica na redação dos Evangelhos e na elaboração dogmática da fé cristã.



O mito do Natal

O Natal tradicional, tirado dos relatos dos Evangelhos Sinóticos, é inegavelmente mitológico. Por isso mesmo está revestido de intensa poesia e desperta naturalmente nossas mais profundas emoções. Na era mitológica, em que essa lenda foi divulgada, seu papel tornou-se fundamental para a vitória do cristianismo. Ela se constitui de uma constelação de elementos míticos derivados de duas culturas em fusão: a judaica e a grega. Numa e noutra os arquétipos coletivos de Jung aparecem como a seiva que vem das profundezas do espírito. Suas raízes se perdem no imemorial e nos transmitem o magnetismo de um passado mágico, de veios remotos de forças ancestrais procedentes de estratificações emotivas sumerianas egípcias e babilônicas.

O primeiro elemento mítico do Natal tradicional é o nascimento virginal de Jesus. Ligado aos tempos primitivos e às primeiras civilizações agrárias, o nascimento virginal não provém apenas do mito solar, mas também das práticas mágicas de fecundação, que marcaram os tempos mais remotos e impregnaram poderosamente toda a civilização judia. Como o demonstra Saint Yves, em “As Virgens Mães e os Nascimentos Miraculosos”, essas práticas mágicas livravam as virgens da vergonha da esterilidade. A Bíblia está cheia de relatos de casos desesperados em que jovens e mulheres estéreis recorriam a todos os expedientes possíveis para se fazerem mães.

O segundo elemento mítico do Natal é o nascimento de Jesus em Belém da Judéia e pertence à mitologia hebraica. O messias devia ser judeu e descender da linhagem de Davi, como já vimos. A Galiléia era então chamada Galiléia dos Gentios, pequena e desprezível província infestada pelos goyn, ou seja, pelos estrangeiros impuros. O tabu da pureza racial e o mito solar em sua forma messiânica estão presentes nessa lenda. O terceiro elemento mítico é a gruta em que Jesus nasceu, num estábulo de inverno, cercado pelos animais. Este elemento tem pelo menos uma conotação real importante, pois os estábulos de inverno eram comuns na Palestina. Mas qual o mito que não se enraíza em dados reais? O quarto e o quinto elementos são os anjos cantando no horizonte a anunciação aos pastores e a estrela que orienta os Reis Magos através do deserto. Ambos derivam das fábulas mais antigas de toda a Ásia. O sexto e último elemento é a matança dos inocentes por ordem de Herodes, o Grande, marcando com a magia do sangue o início de uma vida que devia findar-se com o resgate dos pecadores através do sangue derramado na cruz.
Todos esses aspectos mitológicos não invalidam o fato real do nascimento de Jesus, pois as provas históricas da sua existência como homem e da sua influência na transformação do mundo são hoje inegáveis. Mas transferem o nascimento de Jesus do plano histórico para o mitológico.
Os pesquisadores históricos não dispõem de elementos para sequer esboçar um quadro do nascimento real de Jesus, em Nazaré. Mas Guignebert toma uma passagem de Paulo, em sua carta aos Gálatas (4,4), para mostrar que o nascimento de Jesus era considerado natural pelo apóstolo dos gentios. Diz essa passagem: "Quando os tempos se cumpriram, Deus-enviou seu filho, nascido de uma mulher, nascido sob a lei, a fim de que ele resgatasse todos os que estavam sob a lei".



Renan já assinalara que o nascimento de Jesus em Nazaré ocorrera naturalmente na casa humilde de uma família pobre. Nesses casos a criança nascia, em geral, segundo as informações sobre os usos e costumes da época, sem complicações. Os partos eram fáceis e considerados como motivo de grande alegria, pois Deus abençoava o lar com a fecundidade da mulher. Na maioria das vezes não era necessário o concurso de uma parteira, pois a própria mãe sabia, por instinto e por aprendizado doméstico, como fazer em tais ocasiões. Jesus era o primeiro filho do carpinteiro José e de sua esposa Maria, segundo a tradição, bem mais moça que ele. As alegrias de um lar humilde estão bem distantes do esplendor meteórico do nascimento na gruta de Belém, onde a pobreza da gruta contrastava com a riqueza das manifestações angélicas no horizonte e da estrela que viera pairar sobre o local.

Para a mentalidade mitológica da época esse nascimento obscuro não corresponderia à encarnação do Verbo, do messias salvador do mundo. Mas, para a mentalidade histórica e positiva do nosso tempo, há mais grandeza nessa simplicidade do que nas descrições mirabolantes dos Evangelhos. A simplicidade da vida de Jesus, segundo os próprios relatos evangélicos, se torna mais coerente com esse nascimento obscuro. Há também maior coerência entre esse nascimento e a morte do messias rejeitado, no Monte das Caveiras, entre dois condenados comuns.

O Natal histórico de Jesus, tão desprovido de aparatos, concorda melhor com a sua pregação de desapego aos valores terrenos E há mais beleza nesse menino humilde, que nasce para conduzir os homens a Deus, do que no menino mitológico levado a nascer na cidade de Davi, para assim se beneficiar com a falsa grandeza de um rei terreno, introduzindo-se à forma na sua genealogia, na verdade pouco recomendável ante os preceitos cristãos.

Toda a poesia lendária do nascimento mitológico se apaga diante dessa humilde poesia de Nazaré. Em que dia se deu esse nascimento? A Igreja, depois de instituída, vacilou na escolha. Tentou fixá-lo em janeiro, depois em abril, mas por fim teve de optar pelo dia 25 de dezembro, consagrado, através dos séculos, ao mito solar. Os relatos mitológicos ajustavam-se bem a esse dia, como vimos, embora deformando a figura real de Jesus.





O Natal islâmico

A religião islâmica nasceu do judaísmo e do cristianismo. Maomé considerava o islã como a religião superior e universal. O próprio Deus fala no Corão, que é a Bíblia do islamismo, através do anjo Gabriel, que ditou mediunicamente o livro ao profeta analfabeto. O Natal de Jesus reveste-se, no Corão, de aspectos inteiramente novos. Mas os maometanos não o celebram.
Vejamos o texto corânico a respeito:
Louva a Maria no Corão, celebre também a sua família e o dia em que se afastou dela para o Oriente. Tomou às ocultas um véu para cobrir-se e lhe enviamos o anjo Gabriel, nosso espírito, encarnado num homem.
Ao vê-lo, não o conhecendo, Maria exclamou - A misericórdia é o meu refúgio. Se temes a Deus . . .
O anjo lhe disse - Sou o enviado do teu Deus e venho anunciar-te um filho bendito.
- De onde me virá esse filho - retrucou a virgem - pois nenhum mortal se aproximou de mim e desconheço o vício.
- Não obstante, o filho virá - replicou o anjo - pois a palavra do Altíssimo assegurou o milagre, que não é difícil. Teu filho será um prodígio e a felicidade do universo. Esta é a ordem do céu.
Maria foi fecundada e retirou-se para um lugar afastado. As dores do parto a surpreenderam junto a uma palmeira e ela exclamou -Deus quis que eu morra esquecida e abandonada dos homens, antes de conceber.
O anjo lhe disse - Não te aflijas, Deus fez correr um arroio aqui perto de ti. Sacode a palmeira e cairão frutos maduros. Come, bebe, enxuga o pranto e se alguém te interrogar, responde - Fiz um voto ao Misericordioso e hoje não posso falar a nenhum homem.
Maria regressou ao seio da família levando Jesus nos braços. E lhe disseram: "Maria, aconteceu-te uma estranha aventura! Irmã de Aarão, vosso pai era justo e vossa mãe era virtuosa!"
A essa repreensão ela fez um sinal para que falassem à criança, mas lhe perguntaram: "Falaremos a uma criança de peito?" O menino respondeu: "Sou o servidor de Deus. Ele me deu o Evangelho e me nomeou seu profeta. Sua bênção me seguirá per toda parte".



A todas essas formas do Natal se sobrepõe o Natal espiritual, o significado milenar do dia 25 de dezembro, impregnado pelas vibrações de adoração ao messias, que vêm das profundezas do tempo, do seio das civilizações desaparecidas. A substância do Natal é a presença do Cristo no coração e na mente do homem, desde que ele existe na Terra.

Essa a conclusão a que chegaram todos os grandes pesquisadores da história do cristianismo, desde Renan até Guigneliert, passando por Harnack, Loisy, Goguel, Murphi e tantos outros, nos grandes centros universitários do mundo. Há o Natal formal das igrejas, mas há também o Natal dos corações.



Texto de Herculano Pires

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Manco Capac e Mama Ocllo (a lenda do Lago Titicaca)

Nas terras a norte do Lago Titicaca, as pessoas viviam como animais selvagens. Eles não tinham nenhuma religião, não há justiça, não há cidades.Esses seres não sabia como cultivar a terra e viviam nus. Abrigar em cavernas e alimentavam de plantas, frutos silvestres e carne crua. Inti, o deus sol, decidiu que tinha que civilizar esses seres. Ele perguntou ao filho Ayar Manco e sua filha Mama Ocllo para descer à terra para construir um grande império.

 
Eles ensinam os homens as regras da vida civilizada e adorar seu deus criador, o sol. Mas, primeiro, Ayar Manco e Mama Ocllo deve estabelecer uma capital. Inti que lhes foi confiada uma vara de ouro, dizendo o seguinte:
 
- A partir do grande lago, onde você chegar, marcha para o norte. Toda vez que você parar para comer ou dormir você deve plantar este pessoal de ouro no solo. Onde ele afundar, sem esforço, você irá construir a Cuzco e vai levar o Império do sol.Na manhã seguinte, Ayar Manco e Mama Ocllo apareceu entre as águas do Lago Titicaca. A riqueza de suas roupas e brilho de suas jóias feitas a pessoas logo percebem que eles eram deuses. Assustado, o povo seguia em segredo.
 
Ayar Manco e Mama Ocllo começaram a marchar para o norte. Os dias foram passando sem a vara de ouro afundou no solo. Uma manhã, ao chegar em um lindo vale cercado por montanhas majestosas, a equipe de ouro afundou suavemente ao chão. O que havia para ser construído Cuzco, o "umbigo" do mundo, a capital do Império do Sol
 
Ayar Manco virou-se para os homens que os cercavam e começou a ensiná-los a fazenda, caçar, construir casas, etc ...Mama Ocllo virou-se para as mulheres e lhes ensinou a tecer a lã de lhamas para fazer a roupa. Também lhes ensinou a cozinhar e cuidar da casa ...
 
Assim, Ayar Manco, virou-se Manco Capac, com sua irmã Mama Ocllo assentado sobre o trono do novo Império do sol. A partir deste dia, todos os imperadores incas, descendentes de Manco Capac, governou seu império com a sua irmã que virou mulher.
 

INTERPRETAÇÃO
É evidente a partir da lenda que se trata de figuras míticas, considerada de origem divina, que veio com uma missão civilizadora levou para o sul para norte do Peru. No fundo eles são candidatos férteis terras que procurou envolver-se em tarefas de trabalho agrícola. Neste sentido é simbolizado pela vara afunda na terra como a planta no solo para florescer.
 
A interpretação desta lenda tem um forte apoio real e afirmando que Manco Capac representa toda uma nação, possivelmente de tiawanakenses que vivem na região do lago sagrado, como se sabe, as terras mais férteis, há precisamente em torno do lago para que houvesse um momento em que a explosão demográfica ea escassez de terra forçou o país a encontrar uma outra região rica e ampla. É argumentou ainda que possivelmente Tiawanako estado, cuja capital Taypiqala foi destruída por invasores Aymaras provenientes da área de Tucumán e Coquimbo, no sul, e obrigaram os seus habitantes a emigrar para o vale de Cusco.
 
Há evidências de que Tiahuanaco ou Tiwanaku civilização (nome da Bolívia) teve participação decisiva na formação de Tawantinsuyo.


Deusa Celeste Mama Occlo

Antigamente no Perú, festejava-se a deusa celeste Mama Occlo. Ela também foi deificada como mãe e deusa da fertilidade.
E na lenda acima, ela era tida como filha do Deus-Sol Inti e de Mama Quilla. Mamma Occlo seria irmã e esposa de Manco Cápac. Occlo e Cápac teriam emergido das águas do Lago Titicaca em seu barco de junco e imediatamente começado a trabalhar.
Mamma Occlo teria inventado a tecelagem e ensinado às outras mulheres. Juntos, os dois teriam ajudado a povoar e a civilizar o mundo. Foram considerados como fundadores da cidade de Cuzco, capital do império Inca.
Fonte:História do Peru no processo americano e mundial: o Inca e seus contemporâneos / Juan Castillo Morales.